JM JORNAL DO MUNDO - A INFORMAÇÃO EM TEMPO REAL: NOTÍCIAS, REPORTAGENS, ARTIGOS, VÍDEOS, FOTOS , SOM&IMAGEM E MUITO MAIS...
Ano 3 - Edição 833 - Fortaleza - Junho de 2013


sábado, 21 de maio de 2011


INUNDAÇÃO DO NÚCLEO DE UM REATOR COM 400 TONELADAS DE ÁGUA DO MAR


JAPÃO: MAIS PROBLEMAS NUCLEARES COM INUNDAÇÃO DA ÁGUA DO MAR EM HAMAOKA
A operadora Chubu Electric Power Co. informou que danos nos canos do sistema de condensação de vapor da usina nuclear de Hamaoka, no Japão, causaram a inundação do núcleo de um reator com 400 toneladas de água de mar.
O incidente ocorreu durante os trabalhos para realizar um "fechamento a frio", processo em que o combustível nuclear é estabilizado para encerrar as operações. O fechamento da usina foi um pedido do premiê japonês, Naoto Kan, diante do risco de um terremoto atingir o local.
A operadora vai investigar a causa dos danos aos canos, que tem cerca de 3 cm de diâmetro. Neles, é injetada a água do mar para reduzir a temperatura ambiente e condensar o vapor de volta à água.
Segundo a agência de notícias Kyodo, funcionários encontraram danos nos canos que ficam ao lado do sistema de recirculação, responsável por ajustar o volume de água dentro do reator. Eles encontraram ainda uma tampa de metal de cerca de 20 cm de diâmetro e cerca de 3,5 quilos caído próximo ao local.
A Chubu Electric suspeita que a tampa de metal tenha atingido os canos na queda e afirma estar checando todo o sistema de encanamento por mais danos.A água encontrada vai ser diluída e dessalinizada para prevenir qualquer corrosão causada por sal.
Na quinta-feira (19), a empresa afirmou que cerca de 5 toneladas de água chegaram a vazar do sistema de condensação para dentro do núcleo do reator antes da descoberta do vazamento.
Um terremoto de magnitude 9,0, seguido de um tsunami, atingiu em 11 de março a usina nuclear de Fukushima Daiichi, na costa nordeste do país, danificando o sistema de refrigeração e causando vazamento de radiação.
Diante da extensão da crise, a pior desde o acidente em Tchernobil, Naoto pediu o fechamento das usinas mais suscetíveis a terremotos de grande magnitude.
 A empresa de energia elétrica japonesa Chubu Electric Power anunciou nesta segunda-feira a suspensão dos trabalhos da central nuclear de Hamaoka (no centro do país e a sudoeste de Tóquio), após um pedido do governo em nome da segurança da população na região altamente sísmica.
"Decidimos suspender a exploração dos reatores 4 e 5 e adiar a retomada da atividade do reator 3 da central nuclear de Hamaoka", declarou o presidente da empresa, Akihisa Mizuno.
 Usina nuclear de Hamaoka na cidade de Omaezaki, Província de Shizuoka, no centro do Japão

A unidade 3 da central com cinco reactores está paralisada para reparos, enquanto as unidades 1 e 2 estavam fechadas. A empresa, que produz e distribui energia elétrica no centro do Japão, acatou assim um pedido do primeiro-ministro, Naoto Kan, feito na sexta-feira.
A planta de Hamaoka fica no litoral do Pacífico em Tokai, área de confluência de três placas tectônicas e onde se teme que ocorra nos próximos 30 anos um terremoto de 8 graus de magnitude na escala Richter.
Em seu pronunciamento de sexta, Kan disse acreditar que todos os reatores da planta, localizada na Província de Shizuoka, deveriam ser paralisados até que existam medidas suficientes de segurança, no médio e no longo prazo, para enfrentar um tsunami ou terremoto de elevada magnitude.
"Essa é uma decisão tomada após refletir sobre a segurança das pessoas", disse o chefe de governo japonês, que previamente reconheceu que a resposta de seu gabinete à catástrofe de 11 de março foi "inadequada em vários aspectos".
A decisão do primeiro-ministro de paralisar mais uma usina ocorre enquanto o Japão vive uma persistente crise nuclear ao não ter conseguido controlar a situação na planta de Fukushima, cujos reatores ficaram sem sistema de refrigeração pelo terremoto de 9 graus e tsunami de 11 de março.
Na sexta-feira, o Executivo indicou que haverá uma tentativa de atenuar os possíveis problemas de abastecimento de energia em consequência da paralisação de Hamaoka. Desde 11 de março, quatro usinas nucleares estão inoperantes. As centrais entraram em parada automática por causa do forte terremoto, o que provocou uma redução no abastecimento de energia no Japão.
A paralisação de Hamaoka, que será realizada dentro de alguns dias, é uma decisão sem precedentes desde o desastre de março. O presidente da Chubu Electric, Akihisa Mizuno, declarou nesta segunda-feira que a interrupção da central atende a necessidade de priorizar o bem-estar da população local e de recuperar a confiança da sociedade de energia nuclear.
Para melhorar a segurança da planta, o governo pediu, por exemplo, a construção de diques de segurança para enfrentar um eventual tsunami de grandes dimensões. Isso é algo, no entanto, que pode demorar anos para ser implementado, o que levanta dúvidas sobre o abastecimento energético na região central do Japão, onde fica a usina.
A região, a 200 quilômetros ao sudoeste de Tóquio, é um importante núcleo industrial do país. Nessa área ficam as plantas da Toyota e da Suzuki. Por enquanto, a paralisação representará 3,6 milhões de quilowatts a menos durante o quente e úmido verão, segundo a Kyodo.

Nos próximos dias, o Japão terá em operação somente 20 dos 54 reatores de que dispõe. Enquanto isso, os técnicos da Tokyo Electric Power (Tepco), dona do centro de Fukushima Daiichi atingidas pelo tsunami, estão cada vez mais perto de começar a reparar o resfriamento no interior da unidade 1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quem somos

JM JORNAL DO MUNICÍPIO - JM JORNAL DO MUNDO - Orgão Sócio-Cultural de Utilidade Pública em Defesa da Cidadania nos bairros e municípios brasileiros. Diretor–Editor–Responsável:José Mário Lima. Reg. Prof.12418 DRT-RIO. Secretário Geral – Gabriel Pontes.Designer Gráfico- Alice Farias Lima.Layout e Criação – Gabriel Pontes. Secretário de Edição: José Mário Lima.COLABORADORES: Colunistas :Celina Côrte Pinheiro,Nilmar Marques (Cap.Nil), Orion Lima, Santos Sá,Henrique Soares,Assis Brasil; JM Reportágens: (Equipe)Henrique Soares,Gabriel Pontes e Santos Sá; -JM Cultura:(Equipe)- Publicidade (JML) - Movimento Estudantil: Gabriel Pontes. JM Esportes: (equipe)- JM Literatura: Assis Brasil. Notícias dos Bairros: Henrique Soares,Amil Castro; Sociedade-artesanatos: Martha Lima.Culinária : Lili(Faraó-Cacoeiras-RJ). Correspondentes: Redenção: Nice Farias;Irauçuba: Swami Nitamo;Teresina e Parnaíba: Assis Brasil;Estado do Rio de Janeiro (interior): Nilmar Marques - Cachoeiras de Macacu: Paschoal Guida. Rio,(Capital): João de Deus Pinheiro Filho. *As opiniões emitidas em artigos assinados são da inteira responsabilidade de seus autores.